segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

adoração

Durante este período do ano (o Natal), Mateus 2 é freqüentemente lido, pois contém detalhes sobre o nascimento de Jesus Cristo. Nos primeiros dois versos ficamos sabendo que magos do oriente vieram a Jerusalém em busca daquele que tinha nascido Rei dos Judeus para que pudessem adorá-lo. Mas, devido a uma ignorância quase universal do ocultismo entre os cristãos hoje, poucos compreendem a surpreendente verdade expressa nessas palavras! De acordo com a Concordância de Strong, esses "magos" eram magos babilônios e, por implicação, homens cultos mas também ocultistas e praticantes da feitiçaria.
Meus amigos, esses homens eram zoroastristas e adoravam a Ormuz — um conceito gnóstico da luta universal entre as forças da luz e das trevas. Eles estavam saturados no misticismo ocultista e pagão, para dizer o mínimo! Todavia, milhões de cristãos ignorantes continuam a vê-los como pessoas espirituais porque "adoraram" ao menino Jesus. O ponto real é que eles meramente prestaram homenagem a Ele — um ato de respeito que provavelmente teriam oferecido a qualquer outro rei humano daquele tempo. A palavra grega traduzida como "adorar" em Mateus 2:2 é proskuneo e tem uma conotação de mostrar reverência pelo homem ou por Deus. Assim, é uma pena que a tradição católico-romana tenha conferido a esses homens uma posição de respeito que eles certamente não merecem. A tremenda ironia é que aquilo que realmente ocorreu é perdido por aqueles que não compreendem os fatos. Por Sua mão soberana, Deus levou a elite dentre a principal organização ocultista daquele tempo a empreender uma longa e difícil jornada, para oferecer presentes e prestar homenagem ao Seu Filho! Aqueles presentes financiaram a fuga de José e Maria ao Egito, para escaparem da ira do rei Herodes.
Então, para mostrar outro exemplo em que o contexto da "adoração" não é claramente aquele de um crente em relação ao Seu Senhor, ofereço o seguinte:
"E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o." [Marcos 5:6].

Essa foi a ação do "maníaco de Gadara" antes de ser liberto da possessão demoníaca. Os demônios foram compelidos a mostrar uma atitude de respeito diante de Cristo, mas não o adoraram reconhecendo Sua dignidade intrínseca — o sentido em que os cristãos devem usar o termo — porque "Digno é o Cordeiro" [Apocalipse 5:12].
Como existem dois aspectos diferentes na adoração, vamos avançar para o ponto que quero tratar. E este é, você realmente honra ao Senhor ou meramente presta respeito/homenagem a Ele? Ir à igreja, ajoelhar-se e passar pelas moções de adoração formal são uma bobagem sem sentido se não forem motivadas pelo Espírito Santo. Assim, faça a si mesmo esta pergunta vitalmente importante e seja totalmente honesto: Qual é minha motivação para ir à igreja? — É para dar ou para receber? Se você é como a maioria das pessoas hoje (e admite isso), o serviço de adoração é um total enfado se a música não emocionar sua alma e/ou uma mensagem 'positiva' do pastor não elevar seu ânimo. Certo? Lembre-se que estamos sendo honestos aqui! Infelizmente, a maioria mostra pelas ações que não entendeque o propósito de um serviço de adoração é dar, não receber. Devemos oferecer livremente a Deus nosso louvor, nossas orações e nossos recursos financeiros — desse modo honrando-o pelo que Ele é — não nos comportando como crianças cobiçosas que esperam receber presentes em troca. O apóstolo Paulo nos lembra disso em Atos 20:35, em que cita o Senhor dizendo que é mais bem-aventurada coisa dar do que receber. Mas, como somos egoístas por natureza, manter nossas prioridades é um constante problema.
Estão suas prioridades na ordem correta? Para descobrir, permita-me propor um teste que você pode fazer para revelar o que o motiva de verdade no que se refere à adoração:
(1) Como afetaria você se sua igreja restringisse seu programa musical aos cânticos congregacionais de um hinário fora de moda e se recusasse a permitir a "Música Cristã Contemporânea" com todas suas representações na plataforma, orquestrações no estilo da Broadway e apelo emocional? Você poderia sobreviver sem as apresentações emocionantes de solistas que emulam os astros da música popular?
(2) Qual seria sua reação se seu pastor derramasse seu coração e insistisse em pregar sermões sobre doutrina com 45 a 60 minutos de duração (ou mais) — desse modo deixando-o muito desconfortável com relação ao pecado em sua vida? E se ele verdadeiramente desse ouvidos à admoestação de Paulo em 2 Timóteo:
"Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade edoutrina." [2 Timóteo 4:2; ênfase adicionada].

(3) Você poderia crescer espiritualmente sem uma dieta contínua de aconselhamento psicológico de auto-ajuda a partir do púlpito?
Mais e mais pessoas estão expressando insatisfação com suas igrejas, pois percebem que pouca ou nenhuma adoração genuína está ocorrendo ali. Os pastores desenvolveram uma obsessão tão grande com o Movimento de Crescimento de Igreja que sucumbiram a uma mentalidade pragmática — "qualquer coisa que funcione e traga resultados" — para preencher os bancos com gente. Essa é uma receita para o desastre espiritual! Os fins não justificam os meios.