segunda-feira, 24 de abril de 2017

Os valores morais em decadência (01)


ENTRE as maiores dádivas que os pais podem dar aos filhos estão o amor incondicional e um conjunto de valores pelos quais eles vivem e não apenas pregam.
Sem valores adequados, a vida nada mais é do que uma rude luta pela sobrevivência. 
Os valores dão sentido à vida. Estabelecem prioridades, fixam limites morais e definem regras de conduta.
Mesmo assim, muitos valores tradicionais estão mudando rapidamente. Por exemplo, segundo o professor Ronald Inglehart, “a sociedade tende a aceitar normas sexuais que ampliam a latitude da gratificação sexual e da livre expressão de idéias individuais”.
 Uma pesquisa Gallup de 1997, feita em 16 países, perguntou aos cidadãos a opinião deles a respeito do caráter moral de gerar filhos fora do casamento. Gallup relata: “A aceitação dessa moderna tendência de estilo de vida varia de 90%, ou mais, em partes da Europa Ocidental a menos de 15% em Cingapura e na Índia.”
Alguns louvam essa nova liberdade sexual.  Contudo o grande número de filhos gerados fora do casamento” e “a ruptura de famílias” são “sinais óbvios de decadência moral na sociedade.
As nações industrializadas certamente têm recursos para eliminar grande parte do sofrimento humano. No entanto, um livro de Carol Bellamy, diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância observou, em 1998, que a desnutrição “tem a ver com mais da metade dos quase 12 milhões de mortes anuais de crianças com menos de cinco anos nos países em desenvolvimento, uma proporção sem igual desde o flagelo da Peste Negra na Europa do século 14”. Tais informações são alarmantes para quem valoriza a vida humana.
Quando se lhes perguntou: “Qual é a coisa menos importante na vida?”, a maioria dos entrevistados pelo Instituto Gallup escolheu “ser fiel à minha religião” como uma das duas coisas menos importantes. Assim, não é de admirar que a freqüência às igrejas continue a diminuir. O professor Inglehart acha que a prosperidade dos países ocidentais “tem produzido um senso de segurança sem precedentes”, e que “isso tem diminuído a necessidade de apoio e confiança que a religião tradicionalmente oferecia”.
A crescente falta de confiança na religião organizada vem acompanhada da perda de confiança na Bíblia. Numa pesquisa internacional, pediu-se aos entrevistados que indicassem em quem ou em que confiavam na hora de decidir o que é moralmente correto. A vasta maioria apontou a experiência pessoal. “A Palavra de Deus ficou num bem distante segundo lugar”, diz o relatório sobre a pesquisa.
Não é de admirar que os valores estejam mudando para pior! A falta de uma bússola moral, e uma crescente ênfase em alvos materialistas e no individualismo egoísta, têm promovido uma cultura de ganância e de indiferença para com os sentimentos dos outros.