terça-feira, 25 de abril de 2017

O verdadeiro Evangelho (05)

Por que há tão pouco poder hoje? Porque não conhecemos o Evangelho, porque não nos preocupamos com a verdadeira conversão, porque não fazemos das coisas importantes, importantes, mas nós as substituímos, com o próprio uso da mídia no culto, com certo tipo de canções para deixar todo mundo no clima, com pregações superficiais, que nos falam tudo o que queremos ouvir para que tenhamos a nossa “melhor vida agora”, porque na verdade é isso o que queremos, mais do que Deus. Não há poder porque o Evangelho está esquecido, traga o Evangelho de volta e você verá o poder de Deus se movendo sobre a vida de homens, mulheres e crianças. O Evangelho simples.

Seis novos livros sobre religião são publicados todos os dias na América, e existem mais de duas mil religiões diferentes nos EUA. Contudo, nunca existiu mais confusão e desacordo com respeito as respostas aos problemas da humanidade. Os problemas, as aflições, os males e dificuldades humanas de toda índole estão se multiplicando. A paz mundial é mais difícil de encontrar do que nunca antes. Porque?
Porque ha tanto conhecimento disponível e ao mesmo tempo tanta ignorância com relação à verdade para as respostas das grandes perguntas da vida?
Isso tem tudo a ver com o evangelho. Apocalipse
 12: 9 revela: “...Satanás, que engana todo o mundo; ...”. Que declaração assombrosa! Crê nelaSe este versículo está correto então isso se aplicaria a verdade de um tema tão crucial como o é o significado e o correto entendimento do evangelho.


O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão (Atos 2:38; 17:30), envolve morte ao pecado (Romanos 6). A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas (examine Efésios 4:17-32; Colossenses 3). Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o resultado do arrependimento.

A fé em Jesus Cristo é precedida e seguida pelo arrependimento. Olhe para as escrituras e veja como ela realmente é, como ela diz o que tem que ser e não em como alguém diz que você tem que ser. Não se espelhe em um cristão para ser como ele, não se espelhe em outro para ser como você acha que tem que ser, seja como as escrituras dizem que você tem que ser, seja o que Jesus disse que você tem que ser. Compare-se com as escrituras.


“mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações.” (1Ts 2.4)



A biblia não ensina que um cristão genuíno pode viver em pecado e em carnalidade por todos os dias da sua vida, mas sim, a biblia fala que o cristão genuíno é livre do pecado, não tem prazer no pecado e o pecado não tem dominio mais sobre ele. Pode cair em pecado e erro? sim, mas isso não é algo comum ou constante em sua vida. Seus pensamentos e atos, os mais ocultos, são santos. Não são apenas livres de pecados exteriores, mas todo seu ser é liberto do pecado. A libertação ocorre principalmente na área da vontade, dos desejos e temperamento. Isso é nascer de novo. É algo sobrenatural, que não pode ser feito por esforço humano, mas pelo poder do Espirito Santo.


É impressionante considerar que a realidade da igreja na Inglaterra em meados do século 16 é muito similar à realidade da igreja no Brasil, no século 21. A situação nas igrejas cristãs, salvo as honrosas e raras exceções, é de extrema pobreza e mediocridade nos púlpitos. Dominicalmente são oferecidos sermões mortos, pregações vazias, discursos inócuos, preleções insossas. A igreja tem sido submetida a uma dieta terrível: uma sopa rala que não nutre a fé. Existe um contingente expressivo de pessoas sem maturidade e estatura espiritual, e Igrejas cheias de pessoas vazias. Há muita gente sofrendo o processo de infantilização por falta da pregação da Palavra.


A igreja brasileira sofre por causa do declínio da pregação. A falência dos púlpitos é uma tragédia para o povo de Deus. Existem muitos palradores, mas poucos pregadores. Há uma enorme carência de homens que preguem o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.

Via de regra, o que se tem visto, de norte a sul do Brasil, são homens superficiais que oferecem um tipo de “alimento” incapaz de nutrir a fé. Boa parte dos cristãos não sabe o que significa o evangelho. Muitos não conhecem as verdades elementares da fé cristã. As implicações desta triste realidade são avassaladoras. O cenário evangélico brasileiro é constituído de igrejas teologicamente confusas, moralmente frouxas, socialmente inoperantes e espiritualmente decadentes.


Quando a pregação não ocupa o centro no culto cristão e a Palavra perde a devida primazia na vida da igreja prevalecem o subjetivismo, o antropocentrismo, o sensacionalismo, o paganismo e todo tipo de excentricidades. Tais coisas, por sua natureza, não glorificam a Deus e não edificam a igreja de Jesus Cristo.  

Existem contundentes evidências da falta de integridade moral por parte de muitas pessoas que confessam ser cristãs. Valores e práticas incompatíveis com a Palavra de Deus se tornaram comuns no arraial evangélico.


Uma das razões pelas quais a igreja padece de fraqueza moral é porque “há uma tendência dos púlpitos modernos a propagar uma mensagem que informa, mas não transforma, que diverte mas não converte”

O fracasso da pregação é a causa primária da miséria espiritual da igreja. Sempre que a igreja é transformada em teatro da fé, o púlpito em vitrine de vaidades, o culto em serviço de entretenimento e o pastor em animador de auditório, a decadência espiritual é inevitável. À luz das Escrituras, a falta de santidade, devoção, misericórdia, sabedoria, compaixão, fervor, piedade, vida e amor são evidências do declínio espiritual. A igreja tem dado sinais de fraqueza espiritual e existem algumas razões pelas quais isso acontece.

A principal necessidade do ser humano é a paz com Deus por meio de Cristo. Desconsiderar essa verdade torna o púlpito um centro de aconselhamento para tratar realização profissional, saúde financeira e relacionamentos interpessoais. A psicologização do púlpito é uma triste realidade no cenário evangélico brasileiro. Enquanto os pregadores gastam tempo falando sobre os sete passos para melhorar o casamento, muitos casais nada sabem sobre o que significa o texto: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”

Creio de todo o coração que Jesus se envergonharia da maioria das mensagens e sermões "evangelísticos" que são pregados hoje, principalmente por não conterem a maioria dos pontos cruciais que Ele próprio enfatizava (Mc 8:38; Rm.1:16; 2 Tm. 1:8). Que direito temos de alterar o Evangelho, removendo a maioria das suas partes vitais para substituí-las com membros artificias que nós mesmos criamos (Gal.1:6-7)?

Será que não devemos avaliar nosso evangelismo pelo exemplo de Jesus, o maior dos evangelistas? (Ef 5:1; 1 Pe 2:21; 1 Jo 2:6.) Será que a Sua mensagem era a mesma que estamos ouvindo hoje?


O marketing tem como princípio satisfazer as necessidades e desejos dos fregueses através de empreendimentos econômicos. Como todo mundo já está cançado de saber, não é necessário falar de como é ultrajante para a sociedade o que muitas empresas fazem para conquistarem novos mercados e obterem mais lucros, manipulando as massas e pregando mentiras.

Na igreja deve ser diferente. Embora a necessidade de salvação das pessoas seja cada vez mais gritante no mundo em que vivemos, o “desejo” de ser salvo é algo questionável. Alguém já disse que todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer! E como não existe salvação sem cruz, não precisamos nos iludir achando que seremos recebidos de braços abertos. Daí a diferença do evangelho para a Coca-Cola. Assim como Jesus foi envergonhado nós seremos também. “Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hb 13.13-14). Mudar a mensagem é heresia. 


Dar a ênfase correta ao viver cristão exige muito investimento, muito risco e pouco retorno. Por isso não se assuste se seguir a Jesus lhe trouxer prejuízos! Aliás essa é a regra geral, basta examinar as evidências Bíblicas, a vida dos santos e a realidade da maioria dos cristãos ao nosso redor (naturalmente que há dignas exceções).

Se você usa meios carnais para atrair pessoas, você irá atrair pessoas carnais. E você terá que continuar usando meios carnais maiores ainda para mantê-los na igreja. Portanto o que está acontecendo é isso: Nós temos muitas igreja grandes repletas de pessoas não convertidas e carnais.

Mas nessas igrejas nós também temos um pequeno grupo de pessoas, que honestamente querem Cristo, eles honestamente querem sua palavra e honestamente querem ser transformados, eles não precisam de nada além disso.

Mas o pastor, querendo manter esse grupo maior de pessoas não convertidas, ele os ignora. Então quando ele alimenta esses grupo de homens e mulheres carnais com coisas carnais, ele está deixando o rebanho de Deus faminto até a morte.

Muitos pregadores temem afastar os fiéis, caso preguem o que realmente está na Bíblia. Para agradar à platéia, suas ministrações resumem-se em promessas de grandes ganhos financeiros, curas de todas as doenças e afins. Seus cultos se mostram de acordo com a preferência geral: muita música, regada a expressões emocionalistas, que levam os fiéis facilmente às lágrimas (não de arrependimento, mas de pura emoção, como as que nos caem nos olhos após ouvir qualquer música bonita). Tais lágrimas são comumente confundidas com “unção”, quando não passam, muitas vezes, de puro extravasamento humano. Para finalizar, um pregador-showman, que sabe fazer piadinha na hora certa, tem carisma e fala aquilo que as multidões querem (não o que precisam) ouvir.