quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Relativismo

Relativismo

Relativismo é a teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Ela parte do pressuposto de que todo ponto de vista é válido.
Essa filosofia afirma ainda que todas as posições morais, todos sistemas religiosos, todos movimentos políticos, etc., são verdades que são relativas ao indivíduo.
Infelizmente, a filosofia do relativismo é penetrante em nossa cultura hodierna. Com a rejeição de Deus, e do Cristianismo, a verdade absoluta particular está sendo praticamente abandonada. Nossa sociedade pluralista deseja evitar a idéia que há realmente o certo e o errado. Isto é demonstrável através de nosso ambiente social: do sistema judicial deteriorado que possui cada vez mais dificuldades em punir os criminosos, da mídia que continua a nos empurrar o seu pacote particular do que seja moralidade e decência, de nossas escolas que ensinam a evolução e a "tolerância social", etc. Como conseqüência, o relativismo moral está cada vez mais ganhando espaço no sentido de encorajar a todos em aceitar o homossexualismo, a pornografia na TV, a fornicação, e uma avalanche de outros pecados que outrora foram considerados errados e perniciosos, mas que agora estão sendo aceitos e até mesmo encorajados em nossa sociedade. Isto se infiltrou tanto em nossa moderna maneira de pensar que se você falar algo contra o relativismo e sua vã filosofia, então prontamente te rotulam como fanático intolerante. No entanto, é necessário esclarecer que isto não passa de hipocrisia por parte daqueles que condena quem afirme que exista ainda moralidade absoluta hoje em dia. Parece que o único objetivo de seus proponentes é afirmar que todos os pontos de vistas a respeito do que seja a “verdade” são válidos, menos aqueles que defendem que há verdades absolutas, um Deus absoluto e coisas certas e erradas de modo absoluto.
Algumas expressões típicas que revelam basicamente as pressuposições dos relativistas são: "Esta é a sua verdade, não a minha”; "Isto é verdadeiro para você, mas não para mim," e "Não Há verdades absolutas."
Do ponto de vista lógico todas estas declarações não procedem. Nossa sociedade não pode florescer nem sobreviver em um ambiente onde todos fazem aquilo que acham melhor para si, onde que as circunstancias e a situação são os fatores que determinam suas ações, onde a mentira ou o engano é totalmente aceitável. Sem uma base comum de verdades absolutas, nossa cultura tornar-se-á fraca e fragmentada.
Contudo, devo admitir, entretanto, que há validade para alguns aspectos positivo do relativismo. Por exemplo, que uma sociedade considera direito (dirigir do lado esquerdo do carro) enquanto outra considera errado. Esses são costumes que são certo para uns e errado para outros. Mas são costumes puramente relativista baseados na cultura do país e não universalmente. Alguns princípios de costumes sobre enterros, casamentos, sexo, variam de país para país ou até mesmo de cidade para cidade. Esse senso de “certo e errado” relativista não influi em nossa vida moral, pois não foi um mandamento de um Deus universal. Há coisas que são validadas apenas dentro da experiência humana particularmente individual. Eu posso me irritar com o som de uma música Rock e a outra pessoa não. Neste sentido o que é verdadeiro para mim não precisa ser necessariamente verdadeiro para outros. Sim, há aspectos positivos e verdadeiros dentro do relativismo.
Mas, isto não é válido o bastante para dizer que porque há um tipo de relativismo pessoal, nós então podemos estende-lo e aplicá-lo em todas as áreas da vida e dizer que tudo o mais é relativo. Não, isto não é uma suposição válida nem lógica. Primeiramente, porque isto é uma grande contradição que acaba por destruir o alicerce dos defensores do relativismo.
Além Disso, se todas as coisas são aparentes e relativas, então podemos afirmar que não existe nada de verdadeiro e absoluto entre as pessoas. Em outras palavras, se todas as pessoas negam a verdade absoluta e estabelece verdades relativas unicamente provindas de suas experiências, então tudo é aparente ao indivíduo. Perguntamos: Partindo dessa premissa, como então poderá alguém julgar o que é realmente certo ou errado, verdade ou mentira?
E ainda: Se todas as “visões” morais são igualmente válidas, então que direito temos nós de punir alguém? Será que podemos sempre afirmar que aquilo ou aquela pessoa não tem razão? Para sabermos que algo ou alguém não está certo ou errado, nós primeiramente devemos ter um padrão de certo e errado pelo qual nós basearemos nossos julgamentos. Se aquele padrão de certo e errado for baseado no relativismo, então não temos nenhum padrão. No relativismo, os padrões de certo e errado são derivados de normas sociais. Se há mudanças na sociedade as normas morais de certo e errado podem mudar. Se seguirmos este paradigma, então não podemos julgar ninguém por qualquer coisa que tenha feito de errado, se o que consideramos errado agora pode tornar-se certo no futuro!
Para concluir, se o relativismo é o ponto de vista verdadeiro, então minha ótica sobre a falsidade do relativismo é verdadeira? A verdade contradiz a si mesma? Claro que não!
E se o Relativismo fosse verdade - Uma ilustração
Relativismo é a posição em que todos os pontos-de-vista são tão válidos quanto quaisquer outros e em que o indivíduo é a medida do que é verdade para si.
Eu vejo um grande problema nisso. A seguir está uma ilustração para demonstrar por quê.
O contexto: Um ladrão está sondando uma joalheria a fim de roubá-la. Ele entra para checar se há algum alarme visível, fechaduras, o espaço, etc. Neste processo ele inesperadamente se vê envolvido em uma discussão com o proprietário da joalheria, cujo passatempo é o estudo de filosofia e que acredita que a verdade e a moral são relativas.
- Então – diz o proprietário – Tudo é relativo. É por isso que eu acredito que toda a moral não é absoluta é que certo e errado é algo que o indivíduo deve determinar dentro dos limites da sociedade. Mas não há um certo e errado absoluto.
- É uma perspectiva muito interessante – diz o ladrão. - Eu entrei acreditando que existia um Deus e que existia certo e errado. Mas eu abandonei tudo isso e concordo com você que não existe um certo e errado absoluto e que nós somos livres para fazer o que queremos.
O ladrão deixa a loja e volta à tarde para assaltar. Ele desarma todos os alarmes e travas e está no processo de roubar a loja. Neste momento entra o proprietário por uma porta lateral. O ladrão saca uma arma. O proprietário não pode ver a face do ladrão porque este usa uma máscara de ski.
- Não atire em mim – diz o proprietário. – Por favor, pegue o que quiser e me deixe em paz.
- É exatamente isso que eu pretendo fazer. – Diz o ladrão.
- Espere um pouco. Eu conheço você. Você é o homem que estava na loja hoje cedo. Eu reconheço sua voz.
- Isso é muito ruim para você – diz o ladrão. - Porque agora você também sabe como eu sou. E como eu não quero ir para a cadeia eu vou ter que matar você.
- Você não pode fazer isso – diz o proprietário.
- Por que não?
- Porque não é certo. – implora o homem desesperado.
- Mas você não me disse hoje cedo que não há um certo e errado?
- Sim, mas eu tenho uma família, filhos que precisam de mim e uma esposa.
- E daí? Eu tenho certeza que você tem seguro e eles vão faturar um bom dinheiro. Mas como não há certo ou errado não faz diferença se eu mato ou não você. E já que se eu deixá-lo vivo você irá me delatar e eu irei para a prisão. Lamento, mas isso não vai acontecer.
- Mas é um crime contra a sociedade me matar.
- Isso é errado porque a sociedade diz que é. Como você pode ver, eu não reconheço o direito da sociedade impor moralidade sobre mim. Tudo é relativo. Lembra-se?
- Por favor, não atire em mim. Eu lhe imploro. Eu prometo não contar para ninguém como você é. Eu juro!
- Eu não acredito em você e não posso arriscar.
- Mas é verdade! Eu juro que não conto para ninguém.
- Desculpe, mas isso não pode ser verdade, porque não há verdade absoluta, não há certo nem errado, nem erro, lembra-se? Se eu deixar você viver e sair você vai quebrar sua promessa porque isso tudo é relativo. Não há chance de confiar em você. Nossa conversa esta manhã convenceu-me que você acredita que tudo é relativo. Por causa disso eu não posso crer que você irá conservar sua palavra. Eu não posso confiar em você.
- Mas é errado me matar. Não está certo!
- Para mim não é nem certo nem errado matar você. Uma vez que a verdade é relativa ao indivíduo, se eu matar você, esta é a minha verdade. E é obviamente verdadeiro que se eu deixá-lo vivo eu irei para a prisão. Lamento, mas você mesmo se matou.
- Não! Por favor, não atire em mim. Eu lhe imploro.
- Implorar não faz diferença.
(Bang!)
Se o relativismo é verdadeiro, então qual o problema em puxar o gatilho?
Talvez alguém possa dizer que é errado tirar a vida de outra pessoa sem necessidade. Mas porque seria errado se não há um padrão de certo e errado?
Outros podem dizer que é um crime contra a sociedade. Mas, e daí? Se o que é verdade para você é simplesmente verdade, então qual é o erro em matar alguém para se proteger depois de roubá-lo? Se o que é verdade para você que para se proteger você deve matar, então quem se importa com o que a sociedade diz? Por que alguém seria obrigado a se conformar com normas sociais? Agir assim é uma decisão pessoal.
Embora nem todos os relativistas ajam de maneira não-ética, eu vejo o relativismo como um contribuidor para a anarquia geral. Por quê? Porque é uma justificação para fazer o que você quiser.
A teologia da prosperidade é perigosa não só por tirar o foco da obra de Cristo e da igreja, como também pelo surgimento de uma nova interpretação bíblica com elementos estranhos à essência do cristianismo, anulando a interpretação da Bíblia e adaptando-a para uma vida terrena e material e anulando a espiritualidade da bíblia e a busca do reino de Deus em primeiro lugar na vida do crente. (Mateus 6:10,33)

Não é nenhuma novidade que apareçam divulgadores de heresias no seio da igreja, mas nos últimos tempos temos presenciado uma teologia muito atraente e enganadora: a teologia da Prosperidade.

Essa é uma das doutrinas principais pregada por muitos movimentos e igrejas. Trata-se de uma substituição do Evangelho da Graça, pelo “evangelho” da ganância.


Oral Roberts, um dos principais pregadores dessa heresia, chegou a escrever um livro intitulado How i learned Jesus Was Not Poor (“Como aprendi que Jesus Não foi Pobre”) É comum ouvimos da boca dos pregadores da prosperidade coisas do tipo: “Você é filho do Rei, não tem por que levar uma vida derrotada.” A principio uma frase dessas pode até pode parecer ortodoxa. Mas, o que muitos talvez não saibam, é que para esses pregadores, “vida derrotada”=ser pobre, ter dificuldades financeiras, ficar doente etc.T.L Osborn, ensina em seu livro Curai Enfermos e Expulsai Demônios , que Paulo jamais esteve doente contradizendo o seguinte texto:

”E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física. E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto; antes, me recebestes como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus”.(Gal.4.13,14). É interessante saber que Osborn no começo de seu ministério se apoiou em líderes heréticos como William Marrion Branham.

A teologia da prosperidade une o fútil ao desagradável, ou seja, é uma mistura de ganância e comodismo. Os adeptos da teologia da prosperidade acham que nós temos direito de reivindicarmos o que quisermos de Deus, esquecendo da soberania divina. Cito abaixo alguns textos bíblicos, que refutam esse evangelho falso, que promete ao homem uma vida de prosperidade material, atiçando-lhe a ganância.

Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;(Mat.6.19,20)

“... é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.(1Tim.6.4-11)

Quando, na década de 80, a teologia da prosperidade chegou ao Brasil, ela veio como uma nova tese sobre a fé, prometia o céu aqui para o que tivesse certo tipo de fé. As promessas eram as mais mirabolantes: garantia de saúde a toda prova, riqueza, carros maravilhosos, salários altíssimos, posições de liderança, prosperidade ampla, geral e irrestrita.

Estamos há cerca de 30 anos convivendo com essa nova teologia, talvez, por isso, a grande pergunta sobre essa teologia seja: Como têm conseguido permanecer por tanto tempo?
Entretanto, quando se faz uma pesquisa, por mais elementar, o que se constata é que as promessas da teologia da prosperidade não se cumpriram, e, de fato, nem o poderiam, quando as regras da exegese e da hermenêutica são respeitadas, percebe-se: não há respaldo bíblico.

Então qual a razão para essa longevidade?

Em primeiro lugar, a vida longa se sustenta pela criatividade, os pregadores dessa mensagem estão sempre se reinventando, bem fez um de seus mais expoentes pregadores quando passou a chamar seu programa de TV de “Show da Fé”, de fato é um espetáculo ás custas da boa fé do povo.
Além disso, é uma sucessão de invencionices: um dia é passar pela porta x, outro é tocar a trombeta y, ou empunhar a espada z, ou cobrir-se do manto x, e, por aí vai. Isso sem contar o sem número de amuletos ungidos, de águas fluidificadas e de bênçãos especiais. Suas igrejas são verdadeiros movimentos de massa, dirigidos por “pop stars” que tornam amadores os mais respeitados animadores de auditório da TV brasileira.

Em segundo lugar, a vida longa se mantém pela “penitência”; os pregadores dessa teologia descobriram que o povo gosta de pagar pelos benefícios que recebe, algo como “não dever nada a ninguém”, fruto da cultura de penitência amplamente disseminada na igreja romana medieval, aliás, grande causadora da reforma protestante. Tudo nessas igrejas é pago.

Ainda que cada movimento financeiro seja chamado de oferta, trata-se, na prática, de pagamento pela benção. Deus foi transformado num gordo e avaro banqueiro que está pronto a repartir bençãos para quem pagar bem, assim, o fiel é aquele que paga e o faz pela fé; a oferta, nessas comunidades, é a única prova de fé que alguém pode apresentar. Na idade média, como até hoje, entre os romanos, Deus podia ser pago com sacrifícios, tais como: carregar a cruz por um longo caminho num arremedo da via “crucis”, ou subir de joelhos um número absurdo de degraus, ou, em último caso, acender uma velinha qualquer, não é preciso dizer que a maioria escolhe a vela. Mas, isso é no romanismo! Quem quer prosperidade, cura, promoções, carrões e outros beneplácitos similares tem de pagar em moeda corrente, afinal, dinheiro chama dinheiro, diz a crença popular. E tem de pagar antes de receber e, se não receber não pode reclamar, porque Deus sabe o que faz e, se não liberou a bênção é porque não recebeu o suficiente ou não encontrou a fé meritória. Esses pregadores têm o consumidor ideal.

Em terceiro lugar são longevos porque justificam o capitalismo, a fé, de modo geral, evangélica nunca se deu bem com a riqueza. Antes, o que corria atrás dos bens materiais era um mundano, hoje, para esses pregadores, é o que busca o cumprimento das promessas celestiais. Juntamente com o capitalismo, essa mensagem justifica o individualismo, a bênção é para o que tem fé, ela é inalienável e intransferível. Eu soube de uma igreja dessas que, num rasgo de coerência, proibiu qualquer socorro social na comunidade para não premiar os que não tem fé. Assim, quem tem fé tem tudo quem não tem fé não tem nada. Antes, ter fé em Cristo colocava o sujeito na estrada da solidariedade, hoje, nesse tipo de pregação, o coloca no barranco da arrogância. Toda “esperteza” está justificada e incentivada. Não é de estranhar que ética seja um artigo em falta na vida e no “shopping center” de fé desses “ministros”.

Mas, o que isso tudo tem gerado, de verdade? Decepção, decepção é tudo o que está sobrando. As bênçãos mirabolantes não vieram porque Deus nunca as prometeu, e Deus não pode ser manipulado. O sucesso e a riqueza que, porventura, vieram foram mais fruto de manobras “espertalhonas”, para dizer o mínimo, do que resultado de fé. Aliás, para muitos foi ficando claro que o que chamavam de fé, nada mais era do que a ganância que cega, o antigo conto do vigário foi substituído pelo conto do pastor.

Houve gente que ficou doente, mas, escondeu; perdeu o emprego, mas, mentiu; acreditou ter recebido a cura, encerrou o tratamento médico e morreu. Um bocado de gente tentando salvar as aparências, tentando defender os seus lideres de suas próprias mentiras e deslizes éticos e morais; um mundo marcado pela esquizofrenia. O individualismo acabou por gerar frieza, solidão e, principalmente, perda de identidade, porque a gente só se torna em comunidade. Tudo isso acontecendo enquanto muitos fiéis observavam o contraste entre si e seus pastores, eles sendo alcançados pela perda de bens, pela angústia de uma fé inoperante, pela perda de entes queridos que julgavam absolutamente curados e os pastores enriquecendo, melhorando sensivelmente o padrão de vida, adquirindo patrimônio digno de nota, virando artistas de TV, tudo em nome de um evangelho que diziam ter de ser pregado e que suas vidas provam.

E onde estão estes decepcionados? Muitos estão, literalmente, por aí, perderam aquela fé, mas não acharam a que os apóstolos e profetas da escritura judaico-cristã anunciaram; ouviram o nome Cristo, mas não o encontraram e pararam de procurar. Talvez, estejam perdidos para evangelho; para sempre. Outros, no meio de tudo isso foram achados por Cristo e estão procurando pelo lugar onde ele se encontra. Para os primeiros não há muito que fazer a não ser interceder diante do Eterno, para que se apiede dos que foram vergonhosamente enganados; para os que estão a procura, entretanto, é preciso desenvolver uma pastoral. Eles não estão chegando como chegam os que estão em processo de reconhecimento de Deus e do seu Cristo. Estão batendo às portas das comunidades que julgam sérias com a Bíblia a procura de cura para a sua fé, para a sua forma de ser crente, para a sua esperança de salvação, para a sua falta de comunidade e para a sua confusão doutrinária. Precisam, finalmente, ver a Jesus Cristo e a si mesmos; precisam, em meio a tanta desinformação encontrar o ensino, em meio a tanto engano recuperar a esperança. Necessitam de comunidade e de identidade, de abraço e de paciência, de paz e de alento, de fraternidade e de exemplo, de doutrina e de vida abundante. Quem quer que há de recebê-los terá de preparar-se para tanto, mesmo porque, ainda que certos da confusão a que foram expostos, a cultura que trazem é a única que têm e, nos momentos de crise, de qualquer natureza, será a partir desta que reagirão, até que o discipulado bíblico construa, com o tempo, uma nova e saudável cultura.

Hoje, para além de tudo o que encerra a sua missão, a Igreja tem de corrigir os erros que, em seu nome, e, em muitos casos, sob a sua silenciosa conivência, foram e, ainda, estão sendo cometidos.